28.12.09

DA MINHA ALDEIA

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro

2 comentários:

Manel disse...

Felicidades e sucessos para 2010.

Coisas&Letras disse...

A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
no movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
e a flor é apenas flor.
Alberto Caeiro

Ele e a primazia das sensações... bela escolha! :)


beijo
C&L

*Bom 2010! :)