Interiorização

Estou cansado, mas “os sítios de lazer não são de descoberta” e o que eu quero é conhecer. Fazer uma “viagem é algo muito pessoal”, pelo que faz algum sentido viajar sozinho. A solidão é, por vezes, difícil de combater, mas a sensação de liberdade é incrível.

Até agora, a viagem tem sido um déjà-vu. Escolher a Argentina para viajar não faz sentido ao comum europeu, todavia, eu sempre acreditei que existiria vida para além do Maradona e da Evita Perón.

Ainda não tive a oportunidade de mergulhar nos braços da natureza mais austral do mundo. Não sei se vou lá chegar. Por enquanto, fico pelo norte do país, onde as temperaturas são mais altas.
Anteriormente à minha partida, alguém me confessou “Todos temos medo antes, e saudades depois”. Sim, é verdade. O medo desapareceu e a saudade começa a incomodar-me. É incrível como a saudade aperta, no sítio de onde passamos a vida a tentar fugir.

A forte influência dos jesuítas em Cordoba é tal, que, até eu próprio, já fui à missa duas vezes e até ando com um crucifixo ao pescoço. O facto de viajar sem mala, está a condicionar todos os meus planos. Mas, para mim, o futuro não muda o passado e, muito menos o passado muda o futuro. No meio está o presente, e é esse que temos de viver.

PS: Desculpem o exagero do texto, as foto ficam para depois.