19.4.07

Cordoba

Nove horas e meia de viagem de Autocarro separam Buenos Aires, de Cordoba. Acabo por fazer a viagem de noite. Aparecer numa cidade desconhecida ao anoitecer não me agrada. Chego e estou pronto para caminhar. Encontro um hotel perto do terminal e no meu melhor espanhol pergunto onde fica a Praça de S. Martin. Vou descobrindo uma cidade jovem (universitária) e arejada.

Córdoba, por momentos, remete-nos á época do colonialismo espanhol. A sua arquitectura é imponente e harmoniosa. Vou caminhar mais um pouco. Vinte e sete graus centígrados e humidade a rondar os oitenta por cento, são ingredientes perfeitos para gastar uns pesos em roupas e afins.

Chego ao hotel para descansar e sou presenteado com uma garrafa de vinho, oferecida por um casal belga. Recolho ao quarto, mas, o corpo pede animação. Após algumas tentativas para contactar a Vir, lá consigo, enfim, e ela sugere uma noite de jazz no Art Club 990.

Nós, Europeus, vamos ter que começar a ter a humildade de perceber que existe vida noutros continentes. A mania de uma supra cultura, construída com séculos de sangue derramado, colonialismo e tráfico de escravos irrita-me.

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