27.4.07

Rosario




Três horas do meu sono separam Buenos Aires de Rosario.

Desperto, naquela, que é talvez, a cidade mais bonita do país. Rosário cresceu nas margens do Rio Paraná, tendo, outrora, um dos principais portos marítimos. Aqui também que se encontra uma das maiores pontes da América latina, a Ponte Vitoria. Com cerca de sessenta quilómetros de comprimento, é umas das principais Rotas comerciais da região do Mercosur.

Hoje a cidade respira juventude. É dia de gazeta e ninguém vai às aulas. Os jardins, esplanadas e avenidas estão repletos de estudantes. Facilmente me confundo com eles, mas diferencio-me através dos meus joelhos, que cedem, depois de uma caminhada entre a Avenida de Cordoba, a Plaza 25 de Mayo, o Casco Histórico e o Monumento Nacional à Bandeira. Assim, opto por uma visita diferente e menos massacrante à cidade. Uma viagem de lancha no delta do Rio Paraná. Acerto um preço e defino o itinerário.

Começamos pelas margens das ilhas circundantes. Invernada e Espinillo. O cenário pelas ilhas não pode ser mais triste. Na semana passada a água ultrapassou os limites impostos pela terra. Matou e desalojou pescadores, perderam-se milhares de cabeças de gado. Nas margens jazem os animais mortos. O cheiro é nauseabundo. Contudo, a vida continua e a viagem também.
No regresso, o cenário tem vista para a cidade. Bem mais alegre e colorido. As embarcações de recreio saem das docas, as pequenas praias fluviais estão cheias e os reformados pescam. Está um belo dia de sol!
Foto: Monumento Nacional à Bandeira Argentina

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